Vilarejo GreenLeaf

Um pequeno vilarejo de aparencia agradavel. É onde se localiza a escola elfica de erbalismo. É afastada da cidade para que a pratica da meditação seja facilitada. O vilarejo se encontra fora da cidade e em meio as florestas, a cidade é separada em duas partes por um abismo mas é conectada com pontes de fácil acesso, uma queda no abismo e você vai parar direto no subsolo de Valsfar, diferente da cidade élfica Valsfar aceita visitantes, claro, se esses conseguirem chegar até ela. Entretanto a baderna e bagunça é vista aqui como um problema e é estritamente proibida, não existem festivais ou festas em GreenLeaf.

Já estava correndo tem um bom tempo. O demônio precisava respirar por um tempo. Parou próximo a uma árvore, pôs suas mãos nos joelhos e repôs seu fôlego. Olhou para trás e não via nada além de coisas verdes por todos os lados, mas, logo a sua frente, havia um vilarejo.

A chuva já havia começado e precisava de um lugar para se esconder dela. Aquele vilarejo parecia o lugar mais apropriado para ir no momento. E era isso que o demônio iria fazer.

Ao chegar ao vilarejo Salatiel não viu ninguém em suas ruas, todos pareciam estar se protegendo da tempestade dentro de suas casas. O vento começava a soprar mais forte, a qualquer momento a chuva despencaria.

Tempestade em um post

Salatiel não tinha certeza se bater na porta de alguma casa era uma boa ideia, já que tinha riscos de ter sua raça descoberta e acabaria morto. Mas, se tem uma coisa que o demônio odiava em sua vida, eram as chuvas. Talvez ele não tivesse escolha.

O ruivo bagunçou seus cabelos e tentaria fingir ser um garoto qualquer perdido e sem lar.

Aproximou-se da porta de entrada de uma casa qualquer, com um pouco de medo, e bateu na porta. Ele tentava fazer uma expressão de tristeza convincente. Sentia que dessa vez poderia mentir direito.

Mas uma vez tentaria usar de suas artimanhas, bateu timidamente em uma das portas escolhida aleatoriamente. Bateu uma vez... não teve respostas, bateu a segunda vez... sem respostas novamente e então quando ia bater a terceira vez, a porta se abriu. Um Orc grande, robusto de pele cinzenta e totalmente careca saiu de dentro dela e mal encarado como de se esperar indagou:

- O que quer garotinha? – Seus caninos inferiores que não se escondiam dentro da boca dava um certo arrepio em Salatiel. – Diga logo, não tenho todo tempo do mundo.

Parece que não teve muita sorte, o Orc não parecia uma pessoa paciente.

Já havia batido duas vezes na porta e não obteve resposta. Passaria para a próxima casa se na terceira batida nada ocorresse. Para sua alegria - ou não - foi atendido por uma criatura verde horrenda com grandes caninos saindo de sua boca e a única coisa que pensava era que aquele era realmente um ser nojento que ele iria tentar manter distância.

"O que quer garotinha? Diga logo, não tenho todo tempo do mundo."

Olhou profundamente para os olhos do monstro a sua frente, fez sua voz um pouco mais aguda e começou a mentir mais uma vez.

- M-Me desculpe o incômodo... senhor? É que a chuva está se aproximando e eu não sei o caminho de volta para a minha casa. - Esperava do fundo de sua alma que aquela nojeira o ajudasse a se proteger da chuva. Não iria ser legal ficar para o lado de fora. - Poderia me deixar ficar nessa casa só até a chuva passar? - Fez um biquinho fofo, tentando convencer a criatura a deixá-lo entrar.

O orc olhou com nojo para Salatiel, fazer carinha e tentar conquistar um homem daquele tipo não era algo sábio de se fazer.

- Espero que tenha dinheiro garota, por que a hospedaria fica ali. – Disse o orc enquanto apontava para uma grande estrutura que tinha suas portas e janelas fechadas.

"Espero que tenha dinheiro garota, por que a hospedaria fica ali."

Salatiel sentiu o olhar de nojo da criatura em si. Mas, o que mais havia intrigado o demônio foi a capacidade da coisa verde de resistir a tentação de uma loli sua carinha fofinha. Que tipo de ser era aquele?

- Por favor, senhor! Somente até a chuva passar! Prometo não importuná-lo. - Insistiu o demônio, forçando uma única lágrima a sair de seu olho direito.

Ao ouvir a suplica de Salatiel, o orc simplesmente o encarou e riu, o demônio ficou um pouco esperançoso até que a porta foi batida com grande força, conseguiu sentir a brisa ir em sua direção.

As folhas das arvores começavam a balançar com força, e já dava para ouvir o barulho dos trovões, não teria muito tempo até que a chuva começasse a despencar com força.

Tempestade começou, abrigue-se

Depois de ter insistido, a criatura riu, deixando o demônio com esperanças de ter conseguido o que queria, mas, foi provado que não quando a porta foi batida bem na sua frente.

- Criatura rude! - gritou o ruivo.

Sons de trovões anunciavam a chegada da chuva. Precisava achar um lugar para ficar o mais rápido possível. Será que as pessoas da hospedaria me fariam uma caridade? pensou o demônio. Descobriria isso agora.

Rapidamente, aproximou-se da grande estrutura apontada pela criatura que o ignorou momentos atrás e bateu na porta, ainda tentando manter a aparência de uma garotinha desabrigada.

O demônio correu como se sua vida dependesse disso, e mesmo não sendo tão longe acabou por chegar ofegante na estalagem. Uma bela humana de cabelos loiros e olhos azuis chegou para atende-lo, ela tinha um belo sorriso e vestia roupas leves e brancas:

- Olá senhor, deseja alguma coisa? – A Humana entregou uma toalha para Salatiel. – Pode usar isso para se secar.

Era uma recepção calorosa, conseguiu sentir-se em casa por alguns instantes e até que se lembrou que aquilo era uma hospedaria, caso quisesse um quarto teria que pagar por ele ou oferecer seus serviços em troca.

Não demorou muito até ser atendido por uma moça loira com roupas brancas que fez os olhos do demônio brilharem ao vê-la.

"Olá senhor, deseja alguma coisa? Pode usar isso para se secar."

Ela entregou uma toalha ao ruivo, que agradeceu logo em seguida.

- Eu queria ficar aqui até a chuva passar, mas não tenho dinheiro. - Ele começa a secar seus cabelos com a toalha e continua. - Tem algo que eu possa fazer para ficar aqui?